De sabiá e menino pobre...
eu estava molhando os pés no lago
já era noitinha...
ouvi um sabiá recitar poesia
eu queria ficar por lá...
a noite foi chegando
impondo estrelas e majestade!
convidou uma lua pra festa
e um poeta pra cantar a seresta!
ouvi um menino chegar
ele arrastava um chinelo velho
e o sabia de peito amarelo
sabia do esmero da poesia e das historias que trazia
o chinelo do menino...
historias de melodias tristes
de lágrimas e desatinos...
de menino sem colo de mãe,
e de mãe sem beijo de filhinho...
então sabia murmurou umas notas afinadas
e deixou escapar sua alma de passarinho
e foi chorar la no cantinho com pena do menininho
eu estava na beira do lago molhando os pés
eu vi os sabiá chorar
eu vi os pés do menino...
sabiá chora cantando
e menino pobre lamenta sonhando...
Débora Santos...
(homenagem ao meu filho Joao Victor)
boa noite, solidão!
Boa noite, solidão!
Já me aguardavas no meu leito
Para acompanhar-me na noite?
Do que devemos falar,
De devaneios, sonhos, ou paixão?
Boa noite, solidão!
Amiga incerta e vã...
Acaricia-me as lágrimas e se deleita em meu divã.
Queres desabafar, rir, chorar,
Aconselhar-me ou calar-me?
Boa noite, solidão!
Queira ao menos me ouvir agora,
Já que vieste de fora, para deitar-se comigo!
Seja de certo meu ombro amigo
Ouça minhas palavras, distinta senhora!
Algo maltrata meu peito
Flores denominadas amor!
O que fazer nesta hora, em que tudo se torna distante
E o que mais me parece constante és tu, solidão?
Leva consigo meu peito
E este amor que nem mesmo sei direito
Se posso chama-lo de amor!
E agora, de tristeza, fechei meus olhos
Boa noite, solidão!
Débora Santos
todos os direitos reservados
Já me aguardavas no meu leito
Para acompanhar-me na noite?
Do que devemos falar,
De devaneios, sonhos, ou paixão?
Boa noite, solidão!
Amiga incerta e vã...
Acaricia-me as lágrimas e se deleita em meu divã.
Queres desabafar, rir, chorar,
Aconselhar-me ou calar-me?
Boa noite, solidão!
Queira ao menos me ouvir agora,
Já que vieste de fora, para deitar-se comigo!
Seja de certo meu ombro amigo
Ouça minhas palavras, distinta senhora!
Algo maltrata meu peito
Flores denominadas amor!
O que fazer nesta hora, em que tudo se torna distante
E o que mais me parece constante és tu, solidão?
Leva consigo meu peito
E este amor que nem mesmo sei direito
Se posso chama-lo de amor!
E agora, de tristeza, fechei meus olhos
Boa noite, solidão!
Débora Santos
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sexta-feira, 19 de junho de 2009
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