boa noite, solidão!
Boa noite, solidão!
Já me aguardavas no meu leito
Para acompanhar-me na noite?
Do que devemos falar,
De devaneios, sonhos, ou paixão?
Boa noite, solidão!
Amiga incerta e vã...
Acaricia-me as lágrimas e se deleita em meu divã.
Queres desabafar, rir, chorar,
Aconselhar-me ou calar-me?
Boa noite, solidão!
Queira ao menos me ouvir agora,
Já que vieste de fora, para deitar-se comigo!
Seja de certo meu ombro amigo
Ouça minhas palavras, distinta senhora!
Algo maltrata meu peito
Flores denominadas amor!
O que fazer nesta hora, em que tudo se torna distante
E o que mais me parece constante és tu, solidão?
Leva consigo meu peito
E este amor que nem mesmo sei direito
Se posso chama-lo de amor!
E agora, de tristeza, fechei meus olhos
Boa noite, solidão!
Débora Santos
todos os direitos reservados
Já me aguardavas no meu leito
Para acompanhar-me na noite?
Do que devemos falar,
De devaneios, sonhos, ou paixão?
Boa noite, solidão!
Amiga incerta e vã...
Acaricia-me as lágrimas e se deleita em meu divã.
Queres desabafar, rir, chorar,
Aconselhar-me ou calar-me?
Boa noite, solidão!
Queira ao menos me ouvir agora,
Já que vieste de fora, para deitar-se comigo!
Seja de certo meu ombro amigo
Ouça minhas palavras, distinta senhora!
Algo maltrata meu peito
Flores denominadas amor!
O que fazer nesta hora, em que tudo se torna distante
E o que mais me parece constante és tu, solidão?
Leva consigo meu peito
E este amor que nem mesmo sei direito
Se posso chama-lo de amor!
E agora, de tristeza, fechei meus olhos
Boa noite, solidão!
Débora Santos
todos os direitos reservados
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
O cio e o gato
Minha boca mentia...
Enganava-te com doçura de mel.
Atraí-te para minha teia
E degustei teu corpo, lentamente...
Havia em teus olhos,
A fé dos ateus
Havia em teus olhos escuros, o breu
Eu feito um bicho vadio,
Corrompia teu cio
Beijava teu beijo
Lambia teu lábio
Fazia-me sábio!
Em meu peito vazio
A sede ardia,
A fome doía
Tinha desejo de gato no cio!
Uivava na noite
Nos muros, nas vias
Tu eras gata
E eu vira lata vadio!
Corria ao encontro do teu corpo
E do cio
Implorava pena a este bichano insolente
Um bicho doente
Sedento e frio!
Assinar:
Postagens (Atom)