Ainda não!
Não me chame agora!
Ainda ando tristonho
Ainda não acabei aquele verso
Nem aquele samba!
Ainda não!
Os boêmios, excluiram-me da roda dos bambas
Dizendo que só quero ilusão
E eles, eles não?
Eles é que andam chorando, se acabando, bebendo,
Fingindo alegria...
Aqueles boemios é que andam em meio a arrelias,
Repetindo o verso dos outros!
Eu também sou bamba!
Na roda de samba meu verso é quem manda!
Ainda não!
Não me chame agora!
Justo agora que sussurrei um verso
No ouvido do surdo,
E ele repicou!
Ao choro da cuíca,
A mulata sambou!
E quanto aos boêmios,
Deixem que repitam meus versos!
Ainda não!
Não me chame agora!
Ainda falta o remate, o empate,
O fim deste combate!
Sou poeta, sou boêmio, sou bamba!
Sou verso, sou madrugada, sou samba!
boa noite, solidão!
Boa noite, solidão!
Já me aguardavas no meu leito
Para acompanhar-me na noite?
Do que devemos falar,
De devaneios, sonhos, ou paixão?
Boa noite, solidão!
Amiga incerta e vã...
Acaricia-me as lágrimas e se deleita em meu divã.
Queres desabafar, rir, chorar,
Aconselhar-me ou calar-me?
Boa noite, solidão!
Queira ao menos me ouvir agora,
Já que vieste de fora, para deitar-se comigo!
Seja de certo meu ombro amigo
Ouça minhas palavras, distinta senhora!
Algo maltrata meu peito
Flores denominadas amor!
O que fazer nesta hora, em que tudo se torna distante
E o que mais me parece constante és tu, solidão?
Leva consigo meu peito
E este amor que nem mesmo sei direito
Se posso chama-lo de amor!
E agora, de tristeza, fechei meus olhos
Boa noite, solidão!
Débora Santos
todos os direitos reservados
Já me aguardavas no meu leito
Para acompanhar-me na noite?
Do que devemos falar,
De devaneios, sonhos, ou paixão?
Boa noite, solidão!
Amiga incerta e vã...
Acaricia-me as lágrimas e se deleita em meu divã.
Queres desabafar, rir, chorar,
Aconselhar-me ou calar-me?
Boa noite, solidão!
Queira ao menos me ouvir agora,
Já que vieste de fora, para deitar-se comigo!
Seja de certo meu ombro amigo
Ouça minhas palavras, distinta senhora!
Algo maltrata meu peito
Flores denominadas amor!
O que fazer nesta hora, em que tudo se torna distante
E o que mais me parece constante és tu, solidão?
Leva consigo meu peito
E este amor que nem mesmo sei direito
Se posso chama-lo de amor!
E agora, de tristeza, fechei meus olhos
Boa noite, solidão!
Débora Santos
todos os direitos reservados
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
De pé a porta
Parou de pé a porta, e olhou-me como se nunca houvesse me visto...
Por um segundo, um apenas, senti-me amado por ti com clemencia...
Os teus olhos eram tao bondosos naquele instante, e eram tao infantis...
Eu estava deitado no nosso leito, com meu coração partido,
e um pedaço dele estava em uma das tuas mãos...
Então, pedi que fosses minha amante, nem que fosse somente naquele instante...
Com certa incerteza, titubeou em lançar-se em meus braços.
Insisti sem dizer sequer uma palavra, apenas com meu olhar de mendigo faminto,
que deseja saciar sua fome...
Sim tu eras meu desejo de faminto, seria teu beijo a cura para meu sacrilégio,
um benefício para minha alma vazia...
Tu ainda te mantinha de pé à porta, e apertava uma mão contra a outra, como se isso lhe acalmasse os sentidos.
E teu olhar tinha rosto de lembrança...
Parecia que te recordavas de antigas historias de nós dois...
Então desta vez, e para interromper teu pensamento, pois isto com certeza, a faria se afastar do sabor do meu abraço, desta vez, eu lhe pedi com palavras ofegantes,
que mesmo que fosse somente naquele instante, que se lançasse no meu beijo...
E tu te continhas, feito uma doce virgem, como se teus nunca houvesse provado o beijo de um cavalheiro!
Com aspecto soturno de alguem que estava ao pé de desisitir, voltei meu semblante ao solo, e despedi-me de ti...
Entao tiveste receio de perder-me naquela madrugada promissora, e jogou-se em meus braços, como fera desesperada!
Beijou-me com a voracidade de um faminto diante de um banquete!
Tu devoraste-me o beijo com amor ardente, e por fim amou-me como uma amante sublime e gentil, e fez-me ama-la ainda mais.
Entao desta vez tu, despediu-se de mim, foi-se embora e olhou apenas uma vez para traz, e ofereceu-me uma piscadela...
Ai de mim, que ainda estou aqui, esperando-te de pé a porta...
Por um segundo, um apenas, senti-me amado por ti com clemencia...
Os teus olhos eram tao bondosos naquele instante, e eram tao infantis...
Eu estava deitado no nosso leito, com meu coração partido,
e um pedaço dele estava em uma das tuas mãos...
Então, pedi que fosses minha amante, nem que fosse somente naquele instante...
Com certa incerteza, titubeou em lançar-se em meus braços.
Insisti sem dizer sequer uma palavra, apenas com meu olhar de mendigo faminto,
que deseja saciar sua fome...
Sim tu eras meu desejo de faminto, seria teu beijo a cura para meu sacrilégio,
um benefício para minha alma vazia...
Tu ainda te mantinha de pé à porta, e apertava uma mão contra a outra, como se isso lhe acalmasse os sentidos.
E teu olhar tinha rosto de lembrança...
Parecia que te recordavas de antigas historias de nós dois...
Então desta vez, e para interromper teu pensamento, pois isto com certeza, a faria se afastar do sabor do meu abraço, desta vez, eu lhe pedi com palavras ofegantes,
que mesmo que fosse somente naquele instante, que se lançasse no meu beijo...
E tu te continhas, feito uma doce virgem, como se teus nunca houvesse provado o beijo de um cavalheiro!
Com aspecto soturno de alguem que estava ao pé de desisitir, voltei meu semblante ao solo, e despedi-me de ti...
Entao tiveste receio de perder-me naquela madrugada promissora, e jogou-se em meus braços, como fera desesperada!
Beijou-me com a voracidade de um faminto diante de um banquete!
Tu devoraste-me o beijo com amor ardente, e por fim amou-me como uma amante sublime e gentil, e fez-me ama-la ainda mais.
Entao desta vez tu, despediu-se de mim, foi-se embora e olhou apenas uma vez para traz, e ofereceu-me uma piscadela...
Ai de mim, que ainda estou aqui, esperando-te de pé a porta...
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